Alcea rósea
malva-rosa, altéia, malva-da-india
– Como consegue ano após ano surgir com o mesmo aspecto, com a coloração exata de suas flores, em fim do mesmo jeito que seus antepassados viviam na Turquia, há milhares de anos?
– Acredito que nós, as malvas-rosa, adquirimos o conhecimento através da experiência, do permanente exercício rotineiro de, pacientemente, repetir aquilo que algum dia nos fez sentir bem.
– Quer dizer que nesse ciclo de vida, que se prolonga no máximo por dois anos, vocês experimentam o fenômeno de existir, deixando as sementes que promoverão novas plantinhas sempre iguais.
– Sim, embora não consiga elaborar uma teoria sobre a perpetuação da minha espécie, acho que você entendeu nossa forma de ser.
– Estou especulando de forma mais ou menos científica sobre esse período, no qual você surge tão vistosa, tão atraente.
– Você raciocina demais. Nós podemos viver bem sem teorias e sem grandes reflexões. Contudo, as plantas sazonais, como eu, precisam praticar permanentemente, não para alimentar o intelecto, e sim, para preservar o órgão mais importante que temos: a alma.
– Vocês tem alma?
– Não duvide, ela está presente em qualquer ser vivo que possua energia, ação e sentimentos.
- Sinônimos estrangeiros: cañamera, malva-loca (em espanhol); shu- k’uei (em chinês); gülhatmi (em turco); rose mallow (em inglês).
- Família: malvaceae.
- Características: herbácea bianual.
- Porte: 0,70 a 1,50m de altura.
- Fenologia: inverno e primavera.
- Cor da flor: grená, vermelho, rosa, branca e amarelo.
- Cor da folhagem: verde claro.
- Origem: Turquia até China.
- Clima: temperado / subtropical.
- Luminosidade: pleno sol.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.