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Paisagismo e Jardinagem

Anacardium occidentale

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Foto de JFVelasquez Floro, CC0, via Wikimedia Commons

O cajueiro, riquíssimo em vitamina C e também A e B, além de cálcio, fósforo e ferro, desenvolve em solos enxutos e arenosos, com elevada acidez e baixa fertilidade, onde sua frutificação é maior do que plantado em terras argilosas. Como dá frutos nos finais do ano e janeiro é chamado de acaiú, que significa ano em tupi, pelos indígenas tapuias. As flores perfumadas atraem abelhas, vespas, borboletas e beija-flores e os frutos saíras, sanhaços, morcegos, sabiás, periquitos, gaturamos, jandaias, papagaios e várias outras aves. Tanto o fruto quanto o pseudofruto dele são aproveitados de muitas formas, tanto in natura como na culinária, em vinhos, sucos, licores, aguardentes, doces, sorv etes, compotas, xaropes, manteiga de caju e vinagres. Uma iguaria popular no nordeste é a costeleta de porco assada com caju. Esse fruto verdadeiro é cinzento, quando maduro, com forma de rim e guarda uma amêndoa grande, que é a castanha-de-caju e é sustentado por um pseudofruto com casca fina, suculento, carnoso, macio e de sabor adstringido. A Embrapa desenvolveu uma variedade anã, que não ultrapassa os 3,50 metros de altura, sendo muito indicada para ser cultivada em vasos, em locais ensolarados, onde frutifica com apenas um ano de idade.

Foto de Renjusplace, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

A maior árvore do caju encontra-se na praia de Pirangi do Norte no município de Parnamirim, a doze quilômetros ao sul de Natal, no Rio Grande do Norte, cobrindo uma área de aproximadamente 8 500 m² e foi plantado em 1888 por um pescador chamado Luís Inácio de Oliveira; ele morreu aos 93 anos de idade, sob as sombras dessa árvore.

Seu nome Anacardium deriva do greco kardia = coração, devido à forma da fruta e occidentale quer dizer das Índias Ocidentais e seu nome popular, caju é originário do tupi, e significa “noz que se produz”.

Foto de Valdison Aparecido Gil, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

As sementes, em forma de castanhas com casca, tem pouca germinação quando semeadas diretamente, portanto devem ser deixadas em repouso na água durante 48 horas,  trocando-a a cada 8 horas. Depois são semeadas em substrato arenoso beneficiado com matéria orgânica. Brotam em 10 a 20 dias e a germinação geralmente é alta. As mudas devem ser mantidas a pleno sol até que alcancem mais de 30 centímetros, quando estarão prontas para o plantio no local definitivo.

  • Sinônimos estrangeirosmarañón, anacardo, cajuil, castaña de caju, merey, cajuela, caguela, (em espanhol); cashew, cashew nut, cashew tree, (em inglês); anacardier, acajou,pommier, cajou, pomme d’ cajou, anacadier noix d’ cajou, anacarde, pomme acajou, (em francês); acagia, anacardo, (em italiano); acajubaum, kaschubaum, cashwenu, elefantenlaus, (em alemão); acayu, (em tupi-guarani); kaju, hijuli,hijlibadam, (na Índia); habb al-biladhir, (em & aacute;rabe); yao kuo, yao guo, (em chinês); kashu nattsu, (em japonês); kasjoeboom, (na África do Sul); mamuang himmaphaan, (em tailandês); kasoy, (em filipino).
  • Família: Anacardiaceae.
  • Características: árvore decídua, com tronco tortuoso e ramificado.
  • Porte: de 5 e 10 metros de altura, há uma variedade anão que alcança 3,50 metros como máximo.
  • Fenologia: junho a novembro e a maturação dos frutos de setembro até janeiro.
  • Cor da flor: rósea e perfumada.
  • Cor da folhagem: verde ou levemente rosada quando nova.
  • Origem: restingas do norte e nordeste do Brasil, assim como no Cerrado.
  • Clima: tropical, subtropical, não tolera frio intenso.
  • Luminosidade: sol pleno.

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