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Paisagismo e Jardinagem

Cyclamen persicum

Ciclame, ciclamen, cíclame-de-pérsia

Foto de פריאל אבו תאיה, CC BY 2.5, via Wikimedia Commons

Uma planta com as folhas em forma de coração e apresentando dois tons de verde, sendo sempre mais escuro nas bordas que são levemente serrilhadas. Entretanto são as flores as que dão o espetáculo com cinco pequenas sépalas e outras cinco pétalas levantadas.

Este ciclamen é uma das 23 espécies que integram o gênero e habita as florestas de pinheiros, os bosques de carvalhos e as encostas rochosas no leste do Mediterrâneo. Conhecida na Europa há quase 400 anos é usada em canteiros sombreados e, especialmente, no interior das residências em vasos. Aconselho não regá-la depois da florada, mantendo o solo seco até finais de outono, quando começa a soltar os botões florais; no período de dormência podem perder as folhas. As regas devem ser feitas umedecendo o solo, sem molhar as folhas. Foi descrita pela primeira vez por Carl Linnaeus em Species Plantarum em 1753.

Foto de lehava nazareth Pikiwiki Israel, CC BY 2.5, via Wikimedia Commons

Um fato interessante é que a raiz é usada como um agente atordoante na pesca no mar Mediterrâneo. Os pescadores ralam a raiz e a espalham no mar, fazendo com que o peixe flutue até a superfície e possa ser pego.

A denominação botânica Cyclamen, deriva do grego, kyklaminos, que podemos traduzir como círculo, usado por Dioscórides e Teofrasto, referindo-se ao formato redondo e achatado de seu tubérculo. Eles atribuíam poderes afrodisíacos aos tubérculos da planta. É um remédio utilizado na homeopatia para combater a depressão e as tristezas. Suas raízes amargas, servem como alimento dos porcos e renderam ao ciclamen o apelido de “pão de porco”.

É reproduzido por sementes que germinam em local protegido.

Foto de Darkone, de:22. Oktober 2004, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

  • Sinônimos estrangeiros: persian cyclamenflorist’s cyclamen, (em inglês); cyclamen de Perse, violette de Perse, (em francês); violetas de los Alpes, violeta de Persia, (em espanhol); persisches Alpenveilchen, (em alemão); sabounat al-raa’i, (em árabe); rakkefet metzuyah, (em hebraico); butanomanju, kagaribipana, shikuramen, (em japonês); alayaprak, (em turco).
  • Família: Myrsinaceae.
  • Características: herbácea tuberosa.
  • Porte: 20 a 35 centímetros de altura.
  • Fenologia: inverno, início da primavera.
  • Cor da flor: rósea, vermelha, roxa ou branca.
  • Cor da folhagem: verde matizada.
  • Origem: Síria, Turquia, Grécia, Israel e Líbano. Cresce também na Argélia, Tunísia e nas ilhas de Rodes, Karpathos e Creta.
  • Clima: temperado/subtropical. Tolera geadas leves e breves.
  • Luminosidade: meia sombra, sombra.

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2 Comments

  1. Interessante. Vim procurar por causa da nova música de Caetano. Agora tô interessada na Flôr. Tentar cuidar de uma e experimentar a raíz.Doses homeopáticas e experimental. Será? :) Obrigada pelo texto.

    • Oi Aline,

      Antigamente os ciclames eram conhecidos pelas propriedades medicinais, já que possuíam um efeito purgativo, mas os tubérculos contem cyclamin, uma saponina tóxica, portanto, nunca tente comê-los, porque podem causar dor de estômago, náuseas, vômitos e diarréias.

      Abraços

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