Dillenia indica
Dilênia, árvore-das-patacas, lixeira, flor-de-abril, maçã-de-elefante, árvore-do-dinheiro, bolsa-de-pastor, fruta-cofre
O Imperador dom Pedro I, junto com seu amigo inseparável Chalaça, amarravam moedas nas flores desta árvore e, na medida em que se desenvolvia o fruto, ficavam no interior. Em seguida enviavam o resultado da traquinagem para Portugal, afirmando que no Brasil tinha uma árvore cujos frutos encerravam dinheiro, com os seguintes dizeres: “Nesta terra o dinheiro nasce em árvores”. Não há notícias sobre os possíveis portugueses incautos. Mais tarde, muitas pessoas repetiram a travessura, usando o truque para divertirem convidados ou até mesmo aplicar o “conto do vigário”.
A espécie tem copa arredondada e compacta, suas folhas coriáceas são distribuídas em forma de espiral, medindo de 15 a 25 cm de comprimento por 3 a 7 cm de largura. São alongadas com profundas nervuras, bem destacadas, formando dobras em plissê, com as margens recortadas de maneira uniforme. As flores carnosas e aromáticas, são persistentes, em forma de concha, com 5 pétalas brancas, estames amarelos e 15 a 20 cm de diâmetro. O fruto é uma cápsula globosa e dura, formando camadas como as de uma cebola e contém muitas sementes, cingidas em uma polpa gelatinosa. Uma curiosidade e que os elefantes asiáticos tem uma predileção especial pelos frutos desta árvore, transformando-os em importantes dispersores das sementes.
No Brasil não é consumida como alimento, mas na Indonésia a fruta é preparada com mel e comida no café da manhã; Também na Tailândia é um hábito frequente se alimentar das folhas em saladas e na Índia a polpa é usada em chutneys salgados, caril, compotas e geleias, bastante apreciados pelos indianos.
No paisagismo não deve ser esquecida, quando se quer dar uma boa sombra em parques e jardins, entretanto não a aconselho na arborização urbana, devido aos frutos pesados que, ao cair, podem causar acidentes. Seu cultivo deve ser em solos levemente arenosos, úmidos e ácidos.
- Sinônimos estrangeiros: Hulta, hondapara tree, elephant apple, shoy dillenia, (em inglês); manzana del elefante, (em espanhol); babau, graine bourrique, pomme d’éléphant, (em francês); chalita, mota-kermal, chalta, karambel, (na Índia); katmom, (nas Filipinas); vazchpunna, punna, pinnay, (na Malasia).
- Família: Dilleniaceae.
- Características: Árvore perenifólia.
- Porte: Até 10 metros.
- Fenologia: Outono, frutos no inverno.
- Cor da flor: Branca amarelada.
- Cor da folhagem: Verde-clara.
- Origem: Índia, Filipinas, China, Malásia, Tailândia, Sri Lanka, Vietnam.
- Clima: Tropical/ subtropical (susceptível a geadas).
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
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Rui,
É bom saber!
Abraços
Sr. Raul
Tenho plantada uma árvore adulta de Dillenia no meu Sítio. Gostaria de saber se é possível o sr. me passar a informação de como eu extraio a semente e como eu as planto. É possível plantar os galhos. Qual o tempo entre a germinação e a produção de frutos.
Obrigado.
Olá José,
A propagação da Dillenia indica é feita por estacas ou por alporque, mas demora bastante em enraizar.
Também pode ser feita por sementes, que devem ser obtidas dos frutos bem maduros, limpas e semeadas em turfa arenosa e fina, com uma camada de 2 centímetros dessa mesma turfa por cima. Demoram pouco mais de 6 semanas para germinar.
As árvores demoram mais ou menos 8 anos para dar frutos.
Abraços