Ficus carica
Figueira, figueira-comum, figueira-branca, figueira-roxa
Os frutos da figueira, junto com os da oliveira e da vinha, são consumidos há mais de onze mil anos, em plena Idade da Pedra, na Arábia, Turquia, Iraque e Irão, sendo introduzida na região mediterrânea no século V e chegando ao Brasil com as primeiras viagens dos colonizadores, mas foi um italiano que plantou em Valinhos – SP o Figo Roxo, introduzido ele em terras valinhenses, se chamava Lino Busatto e isto aconteceu no ano de 1901. A árvore é beneficiada com uma poda anual realizada no inverno, suprimindo os ramos que ficam a 10 centímetros do tronco ou dos galhos mais velhos, em seguida deve-se passar calda bordalesa nesses cortes, para evitar doenças fúngicas. A figueira comum é cultivada em locais secos e ensolarados com solo profundo e bem drenado, e em locais rochosos que estão ao nível do mar até 1.700 metros de altitude. Para estimular a frutificação é aconselhável adubar com 1 kg de farinha de ossos e 10 litros de esterco de boi curtido. É facilmente reproduzida por estacas e muito apreciado in natura como em compotas ou fruta cristalizada, acondicionada em latas numa calda dourada.
Uma curiosidade é que a figueira é a primeira árvore citada na Bíblia, onde se refere a ela como a frutífera que oferecia suas folhas para cobrir a nudez de Adão e de Eva, depois de comerem o ” fruto proibido “. Isto se repete, especialmente, no Renascimento, quando essas mesmas folhas (exagerando o tamanho) serviam para ocultar a nudeza das esculturas. Também no Sura 95 do Alcorão é chamada de al-Tīn (em árabe para “O Figo”), pois começa com o juramento “Pelo figo e pela oliveira “.
Atualmente os maiores produtores são Turquia, Egito e Marrocos.
- Sinônimos estrangeiros: Common fig, (em inglês); higuera (em espanhol); figuier commun , (em francês); fico comune, (em italiano); echte feige, (em alemão).
- Família: Moraceae.
- Características: Arvore caducifólia de crescimento amplo com galhos quebradiços, seiva leitosa e folhas recortadas, tendo entre cinco e sete lobos.
- Porte: Até 8 metros.
- Fenologia: Frutificação de dezembro a abril.
- Cor do fruto: Verde.
- Cor da folhagem: Verde médio e ásperas.
- Origem Sul da Arábia.
- Clima: Subtropical, tolera geadas leves.
- Luminosidade: Sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Obrigada por partilhar seus conhecimentos. Super interessante!! Amo figo e na minha região consumimos o comum.
Ivolaine,
Eu também gosto imensamente dos figos, desde criança quando pegava figos de minha vizinha.
Abraços
Muito interessante a citação de Lino Busatto em Valinhos.
A variedade denominada figo roxo de Valinhos é diferente dos figos plantados atualmente para a agroindústria de doces?
Maria Aparecida,
Sim, há diferencias, há quatro tipos, o caprifigo, o smirna, o comum e o São Pedro Branco, sendo que as variedades mais cultivadas em todo o mundo pertencem ao tipo comum.
Abraços