Ficus cyclophylla
figueira-da-restinga, gameleira-grande
Uma espécie endêmica do Brasil que se manifesta da Paraíba ao norte de São Paulo. Nas restingas do Rio de Janeiro ocorre em seis localidades: Barra de São João, Cabo Frio, Maricá, Rio de Janeiro, Marambaia e Praia do Sul. A árvore cresce com mais frequência nas áreas litorâneas, inclusive nas dunas praianas e está ameaçada de extinção. Sua copa é globosa e frondosa, sustentada por um tronco curto, acanelado e grosso, com uma casca rugosa com tons cinzentos e avermelhados. Os frutos são espalhados por animais, principalmente aves, morcegos, macacos e até peixes, que se alimentam dos figos, quando as figueiras estão próximas aos cursos d’água ou de lagos. Esta fauna frug&iacut e;vora é responsável pela dispersão das sementes desta árvore.
Na África, os praticantes do candomblé consideram a Chlorophora excelsa como uma árvore sagrada, mas com a vinda dos africanos para Brasil nossas figueiras passaram a ocupar o lugar dessa espécie africana, que representa o Deus-árvore: o Iroko, assim a F. cyclophylla, substitui essa figueira africana nas cerimonias.
Pode ser aproveitada nas regiões costeiras como arborização urbana.
- Sinônimos estrangeiros: fig tree, (em Inglês); matapalo guayanés, (em espanhol).
- Família: Moraceae.
- Características: árvore com folhas perenes.
- Porte: 5 a 10 metros de altura.
- Fenologia: início da primavera.
- Cor da flor: bege.
- Cor da folhagem: verde, com folhas coriáceas.
- Origem: restingas do Nordeste e Sudeste do Brasil.
- Clima: tropical/subtropical
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.