Murraya paniculata
Murta-de-cheiro, falsa-murta, jasmim-laranja, murta-da-índia, murta-dos-jardins
Esta é uma arvoreta que também pode ser considerada um grande arbusto, com uma fronde densa e ramificada. Quando não podado a ramificação surge a 50 centímetros do solo, mostrando um tronco fissurado. As flores brancas, muito perfumadas, despontam várias vezes ao ano, infelizmente quando podada em cercas esta floração é malograda. Recomendo seu uso em ruas estreitas, sob fiação de redes elétricas, já que o desenvolvimento e limitado, possibilitando uma linda arvoreta, se conduzida através de podas mostrando o tronco. Igualmente pode ser aproveitada como uma barreira acústica, devido a sua densa folhagem e em vasos em terraços e pátios.
Depois da floração aparecem frutinhos vermelhos, alongados, carnosos e adocicados, muito procurados pelos beija-flores, abelhas e borboletas. É interessante pulverizar a planta com sulfato de ferro, para prevenir possível clorose. Também pode ser atacada por pulgões, cochonilhas e mosca-branca. Igualmente pode ser infestada pela fumagina e para evitar isto não devem ser molhadas as folhas nos finais de tarde, mas apenas deve-se regar na parte da manhã.
Infelizmente é hospedeira do inseto Diaphorina citri, vetor do greening dos citros, doença causada pela bactéria candidatus liberibacter americanos, deixando as folhas amareladas. O distúrbio causa prejuízos à citricultura, o que levou em várias cidades a uma eliminação dela nos jardins. Isto não deve ser um impedimento para seu uso no paisagismo citadino.
O gênero é dedicado a Johann Andreas Murray (1740-1791), um médico e botânico sueco, discípulo de Carl Linnaeus (1707 – 1778). Foi Linnaeus quem a batizou primeiramente de Chalcas paniculata, em 1767. Na Índia as flores são usadas em tinturaria e também em essências aromáticas para perfumar chás e na Malásia, as folhas são usadas como tempero nas sopas, nos peixes, frangos e carnes.
É reproduzida através de sementes, semeadas imediatamente após a colheita e também por estaquia ou alporquia.
- Sinônimos estrangeiros: orange jessamine, china box, mock orange, (em inglês); jazmín naranjo, azahar de la India, limonaria, jazmín de azahar, (em espanhol); buis de Chine, bois jasmin, oranger jasmin, bois de satin, (em francês); shi gui shu, qian li xiang, yue ju, kau lei heung, jiu li xiang, (em chinês); kamini marchula, pandari, nagagolunga, konji, angarakana gida, bian malika. (na Índia); gekkitsu, inutsuge, kuribana, gigicha, gigichi, (em japonês); kemuning putih, kemuning, (em malaio); bajardante, (em nepalês).
- Família: Rutaceae.
- Características: arvoreta ramificada.
- Porte: até 6 metros de altura.
- Fenologia: as flores aparecem várias vezes ao ano.
- Cor da flor: branca de fragrância doce e delicada.
- Cor da folhagem: verde escuro e brilhante.
- Origem: Índia, Malásia, Nordeste da Austrália e Sul da China.
- Clima: tropical/subtropical.
- Luminosidade: sol pleno ou sombra parcial.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Boa tarde
Eu gosto muito dessa planta ela tem um cheiro muito agradável. Porém eu tenho motivos de sobra pra gostar desta planta. Obrigada
Eu tenho no meu sobrenome Murta
Ah, que lindo Denise!
Abraços
Também conhecida no Brasil como murta ou dama da noite em alguns lugares
Sim, João,
Você está certo!
Abraços
Como posso ter essa planta sem ter o hospedeiro que danivifica as cítricas?
Celu,
As armadilhas adesivas de cor amarela, são eficientes como preventivas e o Privilege é um inseticida da Ihara eficiente para o controle.
Abraços