Nelumbo nucifera

lótus, lótus-egípcio, flor-de-lótus

Foto de VoDeTan2 Dericks-Tan, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Planta aquática com folhas flutuantes e coriáceas, com até 50 centímetros de diâmetro, verde azuladas tem uma forma de tigela e são protegidas da água e da sujeira por uma fina camada de cera. A planta proporciona flores com um diâmetro de 18 a 30 centímetros e cerca de 15 pétalas, que abrem de dia e se fecham durante a noite, chamativamente nos meses mais quentes do ano, para mais tarde surgirem os frutos grandes. A planta toda é comestível, as flores mergulhadas numa mistura de ovo e farinha, fritas e passadas no açúcar são deliciosas, o arroz pode ser envolvido nas folhas e cozido no vapor em cestas de bambu e as raízes podem ser lavadas, descascadas, cortadas e fritas levemente, apenas com sal. Essas raízes ficam enterradas no lodo, no fundo dos lagos de água doce, com 1 metro de profundidade, mas pode ser cultivada em vasos submersos na água. As sementes são longevas, podendo germinar depois de vários séculos, como foi o caso em um lago seco no nordeste da China. O Nelumbo nucifera mostra uma boa utilização no tratamento de águas residuais, tirando os poluentes e metais pesados.

Foto de MSH Sourav, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

É um símbolo de renascimento e pureza, já que suas flores nascem da lama, expressando a senda da elevação e transcendência. No budismo é comum representar o Buda sentado em um lótus. O lótus é uma planta do pântano, adorado como sagrado no hinduísmo e no budismo, sendo um símbolo de imortalidade. De maneira muito especial, o lótus reflete o pensamento cosmogônico, e todas as referências simbólicas da planta são de ética. A história da cultura hortícola das plantas de lótus remonta a 3000 anos atrás e sua área de distribuição se estende do Mar Cáspio através da China, Japão e Austrália.

Foto de 陶 澤中, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

É reproduzida por rizomas e sementes.

• Sinônimos estrangeiros: loto, rosa del Nilo, (em espanhol); lotus flower, lotus blossom, asian lotus, indian lotus, sacred lotus, (em inglês); fève d’Egypte, lotus sacré, (em francês); fior di loto, (em italiano); indische lotosblume, (em alemão); lian, lianhua, (em chinês); komol, (em Índia); hasu, (em japonês); yeonkkot, (em coreano).
• Família: Nelumbonaceae.
• Características: herbácea aquática flutuante.
• Fenologia: verão.
• Cor da flor: branca ou cor de rosa, perfumadas.
• Origem: leste da Austrália, Filipinas, Japão, China, Nova Guiné, Vietnã e norte da Índia.
• Clima: subtropical/temperado.
• Luminosidade: pleno sol.
• Lodo: rico em matéria orgânica com profundidade de até 1 metro, onde os bulbos devem ser enterrados.

Raul Canovas

Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.

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