Sobre o Blog e Contato

Paisagismo e Jardinagem

Fatores antinutricionais – II

Apesar de muitas espécies espontâneas possuírem potencial para utilização na alimentação, é importante, antes de estimular o consumo dessas plantas, verificar a presença de fatores antinutricionais, os quais são definidos no artigo Fatores antinutricionais – I.

Dieffenbachia picta Schott

Como primeiro composto nesta série de artigos sobre fatores antinutricionais, o escolhido foi o oxalato de cálcio, pois também é encontrado em olerícolas, como, por exemplo, espinafre, acelga, beterraba e tomate. Esta substância, quando absorvida, não será metabolizada, o que a faz ser liberada pela urina. No entanto, quando em excesso, poderá se transformar em cálculos renais, além de irritações na mucosa intestinal.

Tanto o oxalato de cálcio (os quais as plantas são as principais fornecedoras dos cristais), quanto o fosfato de cálcio, são fundamentalmente responsáveis, por exemplo, pela formação dos cálculos urinários.

Nos vegetais, os cristais de oxalato de cálcio, denominados ráfides, são encontrados nas células, tanto das nas partes subterrâneas, quanto nas aéreas. No jardim, encontramos algumas plantas consideradas tóxicas também, porque possuem um alto teor de oxalato de cálcio, como, por exemplo, comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta Schott.), copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica Spreng.) e tinhorão (Caladium bicolor Schott.). Estas espécies, se ingeridas, podem causar graves intoxicações porque, além de ferir a mucosa, liberam outras substâncias. Isso não é comum nas plantas comestíveis ricas em oxalato de cálcio, que provocam, entre outros sintomas, vômitos, diarreia, salivação abundante, edemas de lábios, boca e língua; e este inchaço poderá provocar asfixia.

Texto: Marcos Roberto Furlan e Isabella Ribeiro, acadêmica de Nutrição da Universidade de Taubaté

Comente ou pergunte

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Secured By miniOrange