Polygonum capitatum
tapete-inglês, persicária
Esta forração, também classificada como Persicaria capitata, é um excelente coringa para qualquer situação onde se pretenda acarpetar o solo, tanto no sol como na sombra, em terrenos planos ou em taludes, sendo pendente quando cultivada em jardineiras ou em jardins verticais. Também é uma alternativa para ser aplicada nas rejuntas dos degraus de uma escada no jardim. As vezes aparece nas fendas dos muros velhos e de calçadas, espontaneamente, o que significa que não precisa de cuidados especiais, crescendo muito rápido. Tampouco é atacada por pragas ou doenças. As folhas acentuam a tonalidade amarronzada em outono e as flores, com formato de pompons, são abundantes e despontam nas quatro estações.
Na Rua da Cantareira, frente ao Mercado Municipal de São Paulo, observei um tapete-inglês crescendo em uma fresta da fachada de um velho prédio, onde pendia mais de dois metros, sem cuidado algum.
A etimologia grega do Polygonum refere-se à sua morfologia: poly , “vários” e gonu , “joelhos”, designando as numerosas brotações ao nível do solo.
É multiplicada, facilmente, através da ramagem com raiz ou pela divisão da planta em qualquer época, usando cinco mudas por metro quadrado. Isto é suficiente para cobrir o solo em duas ou três semanas.
- Sinônimos estrangeiros: pinkhead smartweed, pink clover, pinkhead knotweed, (em inglês); nudosilla, pimienta de agua, (em espanhol); renouée capitée, renouée rampante, renouée persicaire, (em francês); knöpfchen-knöterich, (em alemão); poligono capitato, (em italiano); nghể đầu, (em vietnamita); tou hua liau, (em chinês); ratnyaule jhar, (em Índia).
- Família: Polygonaceae.
- Características: herbácea perene e reptante.
- Porte: 5 a 10 centímetros de altura, com ramos de 20 centímetros de comprimento.
- Fenologia: ano todo.
- Cor da flor: rósea.
- Cor da folhagem: verde com desenho angular amarronzado.
- Origem: Norte da Índia, Mianmar, Tailândia, Vietnã, Laos, Camboja e Sul da China.
- Clima: subtropical/ temperado. Suporta bem o frio.
- Luminosidade: sol pleno ou meia-sombra.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Bom dia Raul,
É nítido que estava planta gosta mais de crescer espontaneamente do que ser for cultivada!
Tens alguma dica de qual solo é apreciada por ela?
Não parece gostar de solos profundos e adubados.
Talvez mais arenoso?
Obrigada Francine
Bom dia Francine,
Em São Paulo, o solo ideal para o cultivo do Polygonum capitatum deve ser o franco-arenoso, bem drenado para permitir a penetração do ar e da água. No entanto, é importante adicionar matéria orgânica ao solo antes do plantio, como esterco curtido, por exemplo, para melhorar sua fertilidade.
Dessa maneira o aspecto dele ficará muito bonito.
Abraços