Tagetes patula
cravo-de-defunto, tagete-anão, cravo-francês, flor-de-estudante
Esta planta lembra minha infância, quando minha mãe criava lindos canteiros com ela. As flores eram simples ou dobradas e quando amassadas exalavam um odor fedorento, inclusive as folhas, mas isso não importava já que a forração era para ser contemplada e não para ser esmagada.
Entretanto seu aproveitamento não é apenas estético, porque controla nematoides, formigas, ácaros, pulgões, mosca-branca, tripes e outras pragas, que podem surgir no jardim e mais, as pétalas são comestíveis, atraindo abelhas. Na Índia elaboram o perfume unissex Genda Attar com a essência das flores e o óleo tem efeitos antifúngicos, para tratar candidíase e uma série de outras moléstias.
Em México é usada nas celebrações do “Día de los Muertos” para decorar altares e túmulos, daí o nome “cravo-de-defunto”.
O nome botânico Tagetes é dedicado a Tàges, um deus etrusco que emergiu de um torrão de terra, sob um arado, nos arredores de Tarquinia, uma comuna italiana, localizada na província de Viterbo, na região do Lácio; sua altura era a de um anão, mas desde o nascimento e apesar de sua aparência infantil, ele proferia palavras de profunda sabedoria, foi ele quem ensinou aos etruscos a arte da adivinhação e patula deriva de patulus, que significa espalhada.
Deve receber sol pleno e o solo precisa ser muito bem drenado, já que não tolera a umidade excessiva. O ideal é uma composição com duas partes de substrato (recomendo o Forth Condicionador Solos), duas partes de terra fértil e uma parte de esterco de boi curtido; adubações com farinha de peixe e/ou farinha de ossos são bem-vindas. No final do inverno começam a ficar exauridas e é o momento de arranca-las, podendo ser semeadas novamente.
É reproduzido, facilmente, pelas sementes em qualquer estação do ano e em uma semana assomam as primeiras folhas que são adicionadas pela florada em mais alguns dias.
- Sinônimos estrangeiros: african marigold, french marigold, (em inglês); clavel de moro, damasquina, copete, cagigala de Cuba, clavel de las Indias, clavelón, copetillo, quinchigues, moral, amapola amarilla, (em espanhol); cempasúchil, cempoalxóchitl, cempaxóchitl, cempoal, zempoal, (em México); clavel de muerto, flor de muerto, (em Cuba); oeillet d’ inde, tagète étalé ;e, veloutine, marigold, (em francês); studentelblume, (em alemão); garofano d’India, garofano messicano, puzzolina, rosa d’India, tagete comune, (em italiano).
- Família: Asteraceae.
- Características: herbácea anual.
- Porte: 15 a 40 centímetros de altura.
- Fenologia: primavera, verão, outono.
- Cor da flor: alaranjado, amarelo, amarronzado, tijolo ou bicolor.
- Cor da folhagem: verde-escura.
- Origem: México, Nicarágua até a Bolívia.
- Clima: temperado/subtropical. (tolerante ao frio).
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Maravilha.
Linda neh, Silma!