Tibouchina granulosa
quaresmeira, quaresmeira-roxa, flor-da-quaresma

Foto de Mauroguanandi, Public domain, via Wikimedia Commons
Uma árvore muito usada na arborização de ruas, especialmente nas estreitas, sob redes elétricas, já que possui raízes pivotantes e profundas, não prejudicando as calçadas. Igualmente é vista em parques e jardins residenciais, onde luze mesmo quando não solta flores, já que a copa é muito bonita, com folhas pilosas, embora eventualmente os ventos possam quebrar seus ramos frágeis. O gênero Tibouchina é o mais numeroso na família Melastomataceae, com aproximadamente 350 espécies, sendo 129 nativas aqui no Brasil.

Foto de Photo by David J. Stang, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
É muito rústica, podendo crescer em qualquer solo, mas quando fértil seu desenvolvimento é favorecido. Quando floresce atrai abelhas, mamangabas, beija-flores e borboletas. É indicada para reflorestar áreas degradadas, já que é pioneira, sendo uma espécie precursora que possibilita o surgimento de outras muitas essências arbóreas. Entretanto a vida útil não ultrapassa os 60 ou 70 anos.
As podas de formação, depois do florescimento, possibilitam uma copa mais densa e também uma floração mais abundante. Isto é prudente em calçadas sob a rede elétrica, para não esbarrar na fiação.
Seu nome popular, quaresmeira, é por causa do florescimento no período da quaresma, nos finais de março e em abril. Ela é a árvore símbolo de Belo Horizonte, onde há mais de dez mil exemplares plantados nas ruas, avenidas e parques da cidade. A lei, na capital mineira, foi promulgada em janeiro de 1992.

Foto de Treeworld Wholesale, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons
Se reproduz por sementes que devem ser semeadas, após serem colhidas, em canteiro levemente umedecido, com substrato fino e arenoso, cobrindo-as levemente. Germinam em três ou quatro semanas. Também pode ser multiplicada por estaquias de ramos semi-lenhosos.
- Sinônimos estrangeiros: glory tree, dwarf glory, purple glory tree, brazilian glory tree, (em inglês); árbol de la gloria, cuaresma, (em espanhol); tibouchine violet, (em francês).
- Família: Melastomaceae.
- Características: árvore perene ou semidecídua e pioneira.
- Porte: 5 a 8 metros. Excepcionalmente pode alcançar 12 metros de altura.
- Fenologia: duas vezes ao ano, no inverno e no verão. Há regiões onde floresce três vezes ao ano.
- Cor da flor: roxa, mas há uma variedade, a Kathleen, com pétalas róseas.
- Cor da folhagem: verde escuro.
- Origem: na Mata Atlântica, especialmente no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Bahia. Também na Bolívia.
- Clima: subtropical/tropical. Suporta temperaturas baixas.
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Olá Raul, como vai?
Muito bom seu curso em Curitiba ontem. Já é meu segundo e sempre quando vier pra cá, lá eu estarei para ouvir suas histórias de paisagismo em forma de poesia. Obrigada pela afetividade.
Eu estava na primeira fila, mas talvez vc não se recorde, tudo bem.
Mas voltando a quaresmeira. Certa vez escutei que suas flores podem manchar a lataria de um carro. Isto é fato?
Um grande abraço, Francine.
Talvez vc se recorde, a moça do Texas…rssrsrr
Olá Francine,
Claro que lembro de você! Obrigado pelo carinhoso comentário!!!
Sim, as pétalas das flores da quaresmeira são tintórias e podem desbotar o brilho da lataria dos carros.
Abraço grande