Dia do Homem
Sou um feminista.
Sim, antes de continuar lendo esta crônica quero que saiba que sou alguém que sempre entendeu que a mulher deve ter direitos equânimes aqui e acolá.
Então porquê colocaria como título desta matéria “Dia do Homem”? Porque quero chamar sua atenção para o fato de que, depois de dedicar um mísero dia às mulheres, os homens teríamos um dia inteiro para repensar nossas atitudes no que diz respeito a vida daquelas que convivem conosco, nos mostram caminhos, labutam fora e ralam em casa mantendo a ordem, nos amam e precisam ser amadas.
Os homens poderíamos, amanhã e depois de ter dado flores e chocolates – opa! chocolates não que engordam! – de presente, imaginar um ano inteiro dedicado a elas. Já imaginou 364 dias (um seria o Dia do Homem) consagrados à mulheres admiráveis e insignes como foi Cleópatra, Joana D’Arc, Coco Chanel ou Cora Coralina. Celebraríamos o dia em que Anne Frank festejou com alegria seu último aniversário, antes de ir para o campo de concentração em Auschwitz, onde morreu junto com outros milhares de judeus. Teríamos um dia inteiro para assistir algum filme da Greta Garbo, a grande atriz sueca e outro para ler “Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada” de Carolina Maria de Jesus. Lembraríamos da Frida Kahlo numa infância cheia de brincadeiras antes de sua poliomielite e assim passaríamos o ano inteiro recordando-as.
Claro, reservaríamos um dia para que os homens se organizassem e cedessem mais espaço aquelas que deixariam o mundo mais brando e afetuoso.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Obrigada pela postura. Acredito que o respeito que a mulher recebe dentro de casa resulta , determina o respeito e sucesso profissional que vai alcançar lá fora .
Oi Sueli,
É verdade, a mulher precisa ser respeitada para lograr seus triunfos.
Abraços
Por acaso entrei no site e li seu texto .
Quanta sabedoria e delicadeza o senhor tem ao falar de nós mulheres !
Obrigada e que o mundo tenha mais homens com essa percepção !
Seu comentário, Vilma, me deixa feliz. Obrigado pelo carinho!