Pequenos recantos
O uso de vasos e de floreiras também é muito comum nesses ambientes.
Quando falamos em pequenos espaços, lembramos que podem abrigar amigos, ser transformados em cantos privativos para leitura, para tirar um cochilo, namorar ou simplesmente meditar.
Vamos mostrar um pouco destes espaços que trazem novidades em termos de produtos e soluções para o paisagismo. Muitas deles coletados nos ambientes da “Village Arte Decor”, uma mostra itinerante multissetorial que foi realizada no histórico bairro Monte Alegre, em Piracicaba, com 21 ambientes assinados por excelentes profissionais de arquitetura, design e paisagismo, no final de 2015.
Podemos notar que grande parte dos ambientes externos transmite um convite a contemplação e um despertar dos sentidos e sensações. Alguns estimulados pelos diferentes verdes que compõem o jardim. Outros ressaltam o colorido vibrante de mobiliários e objetos, em harmonia com diferentes espécies vegetais.
O estilo, ou até mesmo a mistura harmônica deles, deve respeitar a arquitetura local e atender às tendências apreciadas pelo cliente. Porém, o grande diferencial mesmo está nos detalhes, nos objetos pessoais, nos pequenos recantos criados para acolher e para serem apreciados.
Muitos destes espaços são criados durante a concepção do projeto arquitetônico. Outros resultam da observação posterior e o detalhe é acrescentado para personalizá-lo. É o toque especial que dá mais vida e cria um diferencial. É o jeito de cada um.
Notamos, por exemplo, vários recantos que acomodam bancos com entorno rico em vegetação em diferentes volumes e formas. O que parece crescer de maneira natural é, na verdade, uma colocação estudada para oferecer longos momentos de observação.
O uso de vasos e de floreiras também é muito comum. Como a diversidade deles é bastante grande, cada uso parece único. Aqui podemos abusar dos objetos antigos e muitas vezes esquecidos.
Vale à pena, no final da implantação de todo projeto, dedicar algum tempo para analisar pequenas sutilezas que irão fazer o grande diferencial de muitos jardins e dos espaços que frequentamos no dia-a-dia.
Formada em Engenharia agronômica, pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ-USP e em Direito, pela Instituição Toledo de Ensino.
Tem pós graduação em Gestão Ambiental, pela ESALQ-USP e em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola, pela Sociedade Agrícola Alemã.
Desenvolve projetos de paisagismo, tendo experiência como proprietária da empresa Estado de Sítio Paisagismo, como professora universitária da disciplina e na direção de Horto Florestal , além de atividades de extensão na área ambiental e como colunista do tema.