Planejando jardins

A combinação de plantas deve ser priorizada para se atingir a harmonia desejada.

Muitos jardins são feitos de maneira aleatória, sem planejamento. As plantas são escolhidas na sua individualidade, sem sintonia com as demais e corre-se o risco de termos plantas com diferentes necessidades hídricas e de luminosidade.

Existe também a idéia de que o moderno exige poucos elementos. Realmente, em alguns ambientes, de criação iluminada, poucos elementos transmitem muito. Porém, minimizar não é empobrecer e devemos explorar a imensa riqueza e variedade da flora brasileira. As pesquisas da área nos brindam todos os dias com belas plantas, com florações magníficas, que podem ser escolhidas sem correr o risco de exagerar.

Planejar é o grande segredo, onde a combinação de plantas deve ser priorizada para se atingir a harmonia desejada ao local. Quando
um jardim é feito em pequeno espaço, por exemplo, uma das maneiras de resolver sua ornamentação é planejar a implantação de espaços cultivados na vertical. Adiciona-se assim uma nova dimensão, onde cortinas de plantas cobrem muros e paredes. Plantas do tipo trepadeiras são algumas das boas opções.

Planejar é o grande segredo, onde a combinação de plantas deve ser priorizada para se atingir a harmonia desejada ao local.

Quando se inicia uma construção, existe dúvida quanto ao momento de se planejar o jardim. O ideal é planejá-lo no início da obra, para que as expectativas do cliente possam ser atendidas nos detalhes, com melhores resultados. Além disso, pode-se implantar a vegetação desejada e adequada, levado em conta posição do sol, tipo e profundidade do solo, drenagem, além de outros aspectos que devem ser observados.

Definição da circulação, iluminação, elementos decorativos, entre outros, também são projetados com mais facilidade no início da
obra. O fato é que o jardim é uma extensão cada vez mais apreciada do imóvel, ao qual dá vida e agrega valor.

Nancy Thame

Formada em Engenharia agronômica, pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ-USP e em Direito, pela Instituição Toledo de Ensino.
Tem pós graduação em Gestão Ambiental, pela ESALQ-USP e em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola, pela Sociedade Agrícola Alemã.
Desenvolve projetos de paisagismo, tendo experiência como proprietária da empresa Estado de Sítio Paisagismo, como professora universitária da disciplina e na direção de Horto Florestal , além de atividades de extensão na área ambiental e como colunista do tema.