Um repolho que enfeita
Folhagem é da região do Mediterrâneo é pode ser cultivada em vasos e jardineiras.
Uma folhagem muito decorativa tem chamado a atenção das pessoas que gostam de plantas diferentes e coloridas. Neste ano teve presença marcante na Casa Cor São Paulo. É o repolho ornamental, herbácea perene, com folhas crespas, variando do verde para tons roxos e do branco para tons róseos, durante as estações mais frias, em locais de clima ameno a frio, principalmente. O cultivo deve ser em sombra ou meia-sombra, apenas com luz natural e sem incidência direta da luz solar.
Da espécie Brassica oleraceae, a mesma da couve, repolho, brócolis, couve-de-bruxelas e couveflor, o repolho ornamental pertence à variedade acephala, ou seja, não forma cabeça. É uma folhagem originária da região do Mediterrâneo.
Pode ser cultivada em vasos e jardineiras, adornando interiores bem iluminados. No jardim, forma belas bordaduras ou conjuntos com outras plantas. Seu uso é fenomenal em maciços densos, onde sua textura diferenciada e cores transformam o ambiente.
Curiosamente, este repolho não é apropriado para preparações culinárias, pois apresenta folhas demasiadamente duras. Seu uso em hortas tem função apenas ornamental. Aliás, é tão ornamental que tem sido vendida como planta de floriculturas.
Ela deve ser cultivada em solo de boa drenagem, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia o frio de climas subtropicais e é resistente a geadas. É mais rústica que as variedades comestíveis e não é exigente em fertilidade. Porém, beneficia-se com adubações orgânicas, principalmente antes do plantio. Apesar de perene, necessita ser trocada dos canteiros em intervalos bienais ou anuais, pois perde a beleza com o tempo. Multiplica-se por sementes, postas a germinar no outono e inverno.
De aspecto exótico e de cores vibrantes, o repolho ornamental é mais uma novidade para ser explorada no paisagismo. Confira as fotos da matéria!
Formada em Engenharia agronômica, pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ-USP e em Direito, pela Instituição Toledo de Ensino.
Tem pós graduação em Gestão Ambiental, pela ESALQ-USP e em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola, pela Sociedade Agrícola Alemã.
Desenvolve projetos de paisagismo, tendo experiência como proprietária da empresa Estado de Sítio Paisagismo, como professora universitária da disciplina e na direção de Horto Florestal , além de atividades de extensão na área ambiental e como colunista do tema.