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Paisagismo e Jardinagem

Com flores, pedidos de paz e não-violência, manifestantes tentam amenizar ação da polícia e da tropa de choque

Nesta quinta-feira, 13, em meio às manifestações que ocorrem contra o aumento das tarifas de ônibus, na cidade de São Paulo, protestantes ofereciam flores aos policiais, pediam paz, para que eles fizessem seu trabalho “sem violência”.

Mas, como a população brasileira pôde evidenciar nas ruas, nos jornais, nas TVs, nos sites de notícias e, principalmente, nas redes sociais, a manifestação foi, de longe, recepcionada pacificamente. A grande, e quase absoluta maioria, não estava ali para vandalizar, mas para exercer seus direitos de cidadão.

Como dizem manifestantes e apoiadores do movimento, a redução de “R$ 0,20 é apenas um detalhe”. Segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, em sua coluna da Folha.com, ainda que esse motivo seja relevante para as classes mais pobres, não teria força para mover tantas pessoas. “E nem os grupos radicais de esquerda teriam esse poder de mobilização”, afirma.

Assista ao vídeo em que o tenente-coronel Ben-Hur Junqueira Neto parabeniza a manifestação, instantes antes de a tropa iniciar o ataque contra os manifestantes:

“Eles estavam calmos, levantando flores, pedindo paz, não estavam quebrando nada quando a tropa de choque veio pra cima”, disse o fotógrafo do Estado Filipe Araújo, que acompanhava as manifestações nessa quinta-feira, 13, em São Paulo. Ele foi atropelado por um carro da polícia, que o atingiu “criminosamente”, enquanto registrava o evento.

Por volta das 19h de ontem, próximo à praça Roosevelt, outro manifestante entregou à PM uma granada caída ao chão, junto a uma flor. Veja o vídeo:

Desde o dia 6 de junho, São Paulo enfrenta protestos contra o aumento da tarifa. Os confrontos aconteceram em diversos cantos da cidade e transformaram as ruas em verdadeiros cenários de guerra. Policiais de um lado, agem com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha, enquanto manifestantes rebatem com pedras e rojões.

Policiais, manifestantes, jornalistas e até meros transeuntes sofreram algum tipo de retaliação e saíram feridos. De acordo com a pesquisa do Datafolha, paulistanos são favoráveis aos protestos, mas discordam da violência e da bandeira do movimento “passe livre” (se isso refletir em verba menor para obras e serviços no município).

Mas, Dimenstein ainda afirma em sua coluna que o sentimento de desrespeito está disseminado no cotidiano das cidades, reflexo da insegurança, má qualidade das escolas e do sistema de saúde, transporte público insuficiente, crescentes congestionamentos, enchentes e aumento da poluição.

Para o jornalista, os governantes tiveram descaso com relação aos cidadãos e deram pouca atenção à importância do transporte público. “Quanto se jogou de dinheiro fora para abrir mais ruas e viadutos só para carros?”, questionou.

Nesta sexta-feira, 14, pós-manifestação, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, decidiu convidar os integrantes do Movimento Passe Livre para discutir sobre o transporte, em uma reunião extraordinária, na próxima terça-feira, 18.

Mas, e você? Qual a sua opinião sobre o protesto ocorrido em São Paulo e em outras capitais do país? Você vê a atitude do protestantes como positiva ou negativa? E a reação dos policiais? Conte-nos!!

Com informações de Estadão 1, Estadão 2, Folha 1, Folha 2, Folha 3, Folha 4, Datafolha, Terra, Terra 2, Globo TV e O Globo

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