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ONU informa que o texto final da Rio+20 não será reaberto

Nesta quinta-feira, 21, penúltimo dia da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, o chefe de comunicação da Rio+20, Nikhil Chandavarkar, em referência à carta de repúdio de Organizações não-governamentais aos resultados diplomáticos da conferência, assegurou que o texto não será reaberto e que não haverá anexos. “O papel de forte liderança do Brasil resultou em um documento final em que a agenda de desenvolvimento sustentável pode solidamente construir uma visão e um legado positivo”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que tinha comentado nesta quarta-feira esperar mais ambição no documento final da Rio+20, fez uma convocação à imprensa nesta quinta-feira para afirmar que o texto, além de “amplo e prático”, já era sim “ambicioso”.

Durante a noite, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o documento final da Rio+20 não atende a todas as “ambições” do Brasil, mas simboliza o melhor acordo plausível a ser feito.

A carta em referência, foi escrita por ONGs que participam da Rio+20 e assinada por diversos ícones do movimento ambientalista, como a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o cientista Thomas Lovejoy. O documento intitulado “O Futuro que queremos”, a ser aprovado pelos países em plenária final da conferência nesta sexta-feira, foi rotulado como “fraco e muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92”.

Leia abaixo a íntegra da carta e a lista com os respectivos signatários:

A RIO+20 QUE NÃO QUEREMOS

“O Futuro que Queremos não passa pelo documento que carrega este nome, resultante do processo de negociação da Rio+20.

O futuro que queremos tem compromisso e ação, e não só promessas. Tem a urgência necessária para reverter as crises social, ambiental e econômica e não postergação. Tem cooperação e sintonia com a sociedade e seus anseios, e não apenas as cômodas posições de governos.

Nada disso se encontra nos 283 parágrafos do documento oficial que deverá ser o legado desta Conferência. O documento intitulado O Futuro que Queremos é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos.

A Rio+20 passará para a história como uma Conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos.
Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento.”

SIGNATÁRIOS:

Ashok Khosha
Bill Mackbidden
Camila Tulmin
Fabio Feldman
Juan Carlos Jintrack
Kumi Naidoo
Marina Silva
Mathis Wackernagel
Ricardo Young
Thomas Lovejoy
William Kees
Roberto Klabin
Sergio Mindlin
Yolanda Kakabadse

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