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Paisagismo e Jardinagem

A construção natural da Reserva Ecológica “Costanera Sur”

A Natureza pode ser implacável e demonstrar toda sua força mas também sabe ganhar seu espaço de forma sutil e duradoura. A Reserva Ecológica Costanera Sur surgiu dessa forma.

Legenda: Desde 1918 até a década de 50 muitos milhares de habitantes de Buenos Aires concorriam à Costanera Sur para refrescar-se no balneário municipal. A contaminação das águas decretou sua decadência.

Quando o desenvolvimento urbano do bairro Puerto Madero deixou de ser economicamente interessante e o bairro foi abandonado, o Rio da Prata cumpriu seu papel: foi cobrindo todos os escombros utilizados para ganhar terras ao rio com limo, terra, restos orgânicos e sementes. Muitas dessas sementes pertencem a plantas nativas dessa região costeira, outra grande parcela a plantas exóticas utilizadas na cidade e arredores. Dessa forma nasceu um ambiente misto, com relevo similar à costa natural do rio.

Legenda: Esculturais seibos ou cristas-de-galo (Erythrina crista-galli) acompanham ondulantes caminhos delimitados por troncos com a mesma sinuosidade criando padrões muito interessantes para a vista.

Algumas OnGs logo notaram o valor ecológico desse espaço que rapidamente atraiu aves, insetos e outros animais e, em 1986, conseguiram junto ao Governo da Cidade de Buenos Aires a criação de uma reserva ecológica municipal. Em 2011 o parque festejou seu 25o aniversário e desde sua criação seus 353 hectares ganharam diversos títulos e distinções, foram sede de muitas atividades educativas, de pesquisa, laser e turismo além de prestar serviços à comunidade.

Legenda: O rio, o protagonista que provoca a curiosidade humana a ponto de que o homem crie acessos como esse túnel formado por arbustos e trepadeiras. Suas belas paisagens podem ser apreciadas de forma mais segura de miradores que não oferecem os riscos de andar sobre escombros com ferros à vista e sim sobre outros lavados pelas aguas até ficarem arredondados como os seixos rolados dos rios.

Esse parque abriga diversos ambientes, ou seja, uma parte baixa inundável onde crescem juncos (Schoenoplectus californicus) e totoras (Typha sp.), uma leve elevação que possibilita o crescimento de espécies arbóreas como os Alisos de Rio (Tessaria integrifolia), os chorões nativos (Salix humboldtiana) e os seibos ou cristas-de-galo (Erythrina crista-galli), depressões onde se formam lagoas sem conexão com o rio, cuja existência depende do regime de chuvas (hoje estão secas e permitiram o avanço de gramíneas e muitas outras espécies de herbáceas). Palmeiras, arbustos, trepadeiras, plantas palustres, epífitas, aves, roedores, répteis, mamíferos e insetos formam ambientes diversos e recompões uma parte da costa do rio em um formato que se aproxima bastante ao original.

Legenda: Na parte interna mais elevada se expandem amplas zonas cobertas de imponentes cortadeiras (Cortadeira selloana) que passam dos três metros de altura quando florescem. Seus penachos dançam ao vento formando um mar seco com suas ondulações.

Legenda: O centro de visitantes e a sinalização do parque. O mapa indica os possíveis trajetos, sua distancia e o tempo estimado para percorrê-los a passo acelerado.

Horários

  • Aberta de terças a domingos.
  • Abril a outubro: de 8 a 18h
  • Novembro a março: 8 a 19h
  • Entrada gratuita

Endereço

  • Av. Tristán Achával Rodríguez 1550 – CABA, Argentina

Para mais informação: +0054 (11) 4315-4129/4893-1853, e-mail: reserva_cs@buenosaires.gov.ar

Página oficial: www.reservacostanera.com.ar

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