Angelica archangelica
angélica, aipo-selvagem, raiz-do-espirito-santo, jacinto-da-índia
Uma herbácea cujo habitat exige invernos frios, ela surge com hastes encorpadas e flores em forma de umbela que se sobressaem das folhas, atraindo borboletas e abelhas. Bastante parecida com a cicuta, que são da mesma família, mas diferentes, já que a angélica solta um aroma doce e gostoso e a cicuta tem um cheiro ruim. Cresce em áreas muito úmidas ou encharcadas.
Ela é um dos ingredientes usados para a elaboração do licores Bénédictine, Dubonnet e Chartreuse e o óleo extraído das sementes é aproveitado para dar sabor a sobremesas e pães, seus talos podem ser preparados como os do aipo, também são utilizados sob a forma de fruta cristalizada, ou transformados em compotas ou geleias. As folhas tenras podem ser usadas como condimento para temperar saladas e sopas.
Na Idade Média era utilizada para afugentar os maus espíritos e para controlar doenças como a peste e seu nome, Angelica (Anjo) foi dado porque se acreditava que purificava os ambientes e salvava da morte. Diz-se que o arcanjo Rafael apareceu em sonhos para Matthaeus Silvaticus (1280 – 1342), um escritor, médico e botânico italiano, cujo país foi afligido pela peste, e revelou as propriedades desta planta. Ele seguiu as instruções do arcanjo e assim a população conseguiu vencer a doença. A partir desse momento, a angélica passou a ser utilizada para o tratamento de doenças infecciosas, purificar o sangue e para diversas outras enfermidades.
Seu cultivo nos jardins deve ser reservado para as regiões com invernos frios, como São Joaquim, Camanducaia, Urupema ou Campos do Jordão, entre outras. Sempre em solos com umidade alta.
É reproduzida pelas sementes que devem ser postas para germinar logo após colhidas.
- Sinônimos estrangeiros: garden angélica, wild celery, norwegian angélica, angelica archangelica, (em inglês); angélica, hierba de los ángeles, hierba del Espíritu Santo, (em espanhol); arznei-engelwurz, echte engelwurz, brustwurz, (em alemão); angélique, angélique vraie, archangélique, herbe aux anges, angélique officinale, angélique de Bohême, angélique cultivée, angélique des jardins, archangélique officinale, herbe des anges, (em francês); angelica, angelica arcangélica, angelica norvegese, erba dello Spirito Santo, erba degli angeli, angelica dorata, bragosse, cecil, sambugari, (em italiano); ch’ien-tu, (em chinês); dzięgiel litwor, (em polonês); strandkvanne, (em sueco).
- Família: Apiaceae.
- Características: herbácea perene.
- Porte: 1 a 1,80 m de altura.
- Fenologia: verão.
- Cor da flor: branca esverdeada.
- Cor da folhagem: verde claro.
- Origem: norte da Europa.
- Clima: temperado. Tolerante às geadas.
- Luminosidade: meia sombra, sol da manhã.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.