As Palmeiras
Elas, além de elegantes, são talentosas. Sim, porque inventaram uma coroa folhar que lhes permitem dançar, mesmo fazendo frente aos vendavais mais terríveis. E não são poucas as espécies, segundo os taxonomistas há mais de 2.600 delas e aqui, no Brasil, temos aproximadamente 280 crescendo nos lugares mais incríveis, isto é, não só nas praias, mas também em regiões serranas, em encostas agarradas nas pedras, no cerrado e claro, nos jardins.
As palmeiras podem ter folhas palmadas ou pinadas, isto é parecidas com a palma da mão ou com penas de aves, também estão divididas entre as que possuem tronco único, raramente ramificado, ou vários, formando touceiras e podem ser muito altas ou atarracadas. No paisagismo sua distribuição é um pouco mais complexa que a das árvores, já que não sombreiam e podem fraccionar o cenário, dado sua silhueta onde o tronco é predominante, especialmente em aquelas que possuem um único caule. Elas luzem melhor quando posicionadas nos extremos, com se fossem molduras de um quadro, formando grupos de uma única espécie e nunca deixando próximas espécies com as mesmas características, já seja das folhas, alturas ou número de caules. Nas fachadas é preferível projetar palmeiras entouceiradas, as altas podem se perder na perspectiva, a não ser quando os jardins são amplos, nos palacetes, por exemplo. Todavia, quando se trata de prédios altos e monótonos as altas podem requintar a vista. Elas podem ter seus troncos revestidos por filodendros, caso esses caules não sejam atrativos.
A grande maioria desenvolve em climas tropicais ou subtropicais, porém há um bom número delas que habita em climas temperados, como por exemplo:
Butia spp | butiá |
Ceroxylon andinum | palmeira-dos-andes |
Chamerops humilis | palmeira-leque-europeia |
Jubaea chilensis | palmeira-chilena |
Livistona chinensis | falsa latânia |
Phoenix canariensis | tamareira-das-canárias |
Phoenix roebelenii | tamareira-de-jardim |
Phoenix rupícola | tamareira-do-rochedo |
Phoenix sylvestris | tamareira-da-índia |
Rhopalostylis sapida | palmeira-nica |
Sabal minor | sabal-anão |
Sabal palmetto | sabal-da-flórida |
Trachycarpus fortunei | palmeira-moinho-de-vento-da-china |
Trithrinax campestris | caranday |
Washingtonia filifera | washingtônia-de-saia |
Washingtonia robusta | palmeira-leque-do-méxico |
O transplante de palmeiras de grande porte não oferece maiores dificuldades, apenas deve-se fazer um bom torrão, para preservar o sistema radicular (para exemplares maiores 1 m³ é suficiente) e amarrar a coroa folhar, retirando antes as folhas mais velhas. Depois é plantá-la usando um bom substrato misturado com superfosfato simples e calcário dolomítico.
Recomendo o uso de espécies menos aproveitadas no paisagismo, elas irão proporcionar a visita de periquitos, tuins, araras e maritacas, que rompem o silencio com o barulho de seus cantos, à procura de seus frutos.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Obrigada querido..vou deixar anotado aqui …valeu pela atenção! 😊
Você merece, Ivolaine!
Abraços
Oi seu Raul..na região sul onde tos geadas no inverno, quais são recomendadas?
Oi Ivolaine,
Recomendo estas:
Phoenix canariensis – tamareira-das-canárias
Phoenix roebelenii – tamareira-de-jardim
Trachycarpus fortunei – palmeira-moinho-de-vento-da-china
Chamerops humilis – palmeira-leque-europeia
Trithrinax campestris – caranday
Livistona chinensis – falsa latânia (FOTO).
Abraços