Ficus benghalensis
árvore-de-banyan, bargá, figueira-de-bengala
O tronco principal desta árvore possui caules secundários originados das raízes aéreas que descem dos galhos até o solo, formando troncos adicionais. Isso permite que a árvore cubra áreas enormes, ocasionando um diâmetro de grandes proporciones. Suas folhas são ovais a ovais-elípticas, coriáceas, com nervuras bem marcadas e aveludadas no dorso. Seus figos alaranjados a vermelhos são bastante atrativos, comestíveis para pássaros e outros animais, mas não são comumente consumidos por humanos.

John Robert McPherson, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
É uma árvore de grande porte, usada como elemento de destaque em parques e grandes jardins, fornecendo excelente sombra, mas não é recomendada para pequenos espaços urbanos devido ao tamanho e ao crescimento expansivo que podem causar danos em estruturas próximas, como calçadas, muros e encanamentos.
Considerada árvore nacional da Índia, sendo sagrada no hinduísmo e no budismo. É frequentemente encontrada em templos e é associada à meditação e iluminação. No hinduísmo, acredita-se que o deus Vishnu reside nela, sendo reverenciada em cerimônias religiosas.

Adityamadhav83, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
De acordo com a mitologia hindu, a figueira-de-bengala está ligada à história de Savitri, uma mulher que conseguiu salvar a vida de seu marido, Satyavan, da morte. Como parte do ritual para garantir a longevidade do marido, Savitri orava sob um Ficus benghalensis. Por causa dessa lenda, mulheres casadas frequentemente veneram essa árvore para abençoar seus lares e proteger seus esposos.
A maior figueira-de-bengala conhecida, em Andhra Pradesh, Índia, é chamada de Thimmamma Marrimanu e tem um dossel que cobre mais de 19 mil metros quadrados. Esta magnitude é frequentemente associada à sua presença quase divina
Pode ser reproduzida de forma eficiente por meio de estacas, cortando um galho saudável, com cerca de 15 a 20 centímetros de comprimento, de uma planta madura, certificando-se de que a estaca tenha pelo menos 2 a 3 nós (pontos de crescimento) e folhas saudáveis. A estaca deve ser plantada em um substrato bem drenado, como uma mistura de terra e areia ou terra e perlita. As raízes começam a se formar em 4 a 6 semanas.

Photo by David J. Stang, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
- Sinônimos estrangeiros: banyan tree, (em Inglês); baniano, árbol de banyán, (em espanhol); banian, figuier des pagodes, (em francês); banyanbaum, (em alemão); albero del banyan, (em italiano); bargad, (na Índia); aalamaram, (em Singapura e Sri Lanka); róngshù, (na China);
- Família: Moraceae;
- Características: árvore perene;
- Porte: 15 a 35 metros de altura, a copa pode se espalhar por mais de 100 metros de diâmetro;
- Fenologia: insignificante;
- Cor da folhagem: verde escuro;
- Origem: Golfo de Bengala, Índia, Sri Lanka, Mianmar, Tailândia, Sul da China, Malásia, Paquistão e Bangladesh;
- Clima: tropical/subtropical úmido;
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.