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Paisagismo e Jardinagem

Jardim Botânico

O Jardim Botânico tem diversas funções: científica, educacional, social, estética, histórica e ecológica.

Os jardins botânicos são antigos; existem na Mesopotâmia, no Egito Antigo e na América Pré-Colombiana, e eram formados, principalmente, por plantas medicinais.

O primeiro de origem ocidental, que teve como objetivo manter coleções de plantas para estudos preliminares e ensino, foi o criado junto ao Liceu, próximo a Atenas (Grécia), pelo “pai” da Botânica, Teofrasto, entre 370 e 285 a.C.

Os primeiro jardins botânicos ocidentais, denominados hortus medicus, hortus academicus ou jardins de plantas medicinais, surgiram com o objetivo de auxiliarem o ensino da matéria médica e de fornecerem as boticas. As descobertas geográficas do século XVI tornaram-nos centros de estudos das novas espécies vegetais exóticas.

Atualmente, existem no mundo 1400 jardins botânicos e arbóreos, que recebem mais de 100 milhões de visitantes por ano. Um grande número deles está na Europa e, mais de 30, na Itália, que abriga os primeiros jardins botânicos da história: o do Vaticano (séc. XIII) e o Salerno (séc. XIV) que já não existem, e os de Pádua, Pisam e Florença (sec. XVI), ainda funcionamento. Porém, a maioria foi fundada entre a segunda metade do século XVIII e durante o século XIX.

Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no início do séc. XX

No Brasil, a primeira iniciativa foi do príncipe Mauricio de Nassau, em Recife (Pernambuco), no século XVII. Esse jardim existiu junto com o palácio de Friburgo, entre 1637 e 1644.

Somente no final do século XVII é que as instruções específicas chegaram de Portugal e foram criados os jardins botânicos brasileiros em Belém, Olinda, Ouro Preto, Salvador, Goiás e São Paulo. O primeiro, foi o jardim Botânico de Belém. O Jardim Botânico de Olinda, conhecido, também, como “Quintas do Rei” ou “Horto D’el Rey”, foi criado em 21 de julho de 1811, em cumprimento à Carta Régia, de 19 de novembro de 1798, que estabelecia a implantação de um jardim botânico em Pernambuco. A finalidade do horto era “propagar sementes de árvores, de cuja madeira fosse própria para construção, que depois semeariam as matas reais”. A área escolhida foi a parte central da encosta da Sé, com 9,04 hectares, que guarda, até hoje, uma exuberante vegetação, construída na maior área verde da América Latina localizada em uma cidade histórica.

Inicialmente, sob a direção do Frances E.P Germain, foi cultivada grande variedade de plantas, mais de 1.000 espécies. No período, que vai de 1826 a 1830, o estabelecimento botânico foi de suma importância para a formação ecológica e dos hábitos alimentares no Nordeste brasileiro. Germain introduziu um grande número de plantas exóticas, o que levou o Horto, em 1829, a ser denominado Jardim de Plantas Exóticas da Cidade de Olinda.

O Horto teve sua fase de prosperidade na primeira metade do século XIX. Na época, houve a intenção de levar o Jardim Botânico para o Recife. Em 1840, uma lei provincial definiu a venda do Jardim Botânico, porém, não houve comprador. Em 1844, outra lei estabeleceu que fosse arrendado, mas permaneceu sem êxito. Finalmente, em 1845, o governo cedeu a área gratuitamente a Albuquerque Fernandes Gama. Em 10 de Agosto de 1854, foi vendido em hasta pública.

O local foi adquirido pelo Major João Batosta da Silva Manguinho, que o deixou como herança para o Sr. José Marcolino da Silva Manguinho e outros. Desde então, o local passou a ser conhecido por “Sítio dos Manguinhos”.

A Prefeitura de Olinda formulou uma proposta de revitalização, o que resgataria à Olinda o seu antigo Horto.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, criado em 1808, por Dom João VI, é o mais importante do país e de grande expressão internacional, devido à sua coleção de plantas vivas (cerca de 8 mil espécies e 35 mil exemplares), principalmente as de natureza tropical.

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