Allagoptera arenaria
coco da praia, caxandó, guriri, buriri, buri -da praia, purunâ, pissandó
Conheci esta palmeira na década de 1960, no aterro do Flamengo, era a primeira vez que alguém prestava atenção nela e esse alguém se chamava Roberto Burle Marx, ele soube tirar o melhor proveito plantando um grupo bem pertinho do mar; esse mar traz uma brisa carregada de sal, deixando as folhas sempre com um verde-cintilante mostrando, às vezes, o lado inferior levemente azulado.
Mas alguns anos se passaram, ate descobri-las no seu habitat. Estava em Cumuruxativa, no Sul da Bahia, quando as vi em todo seu esplendor, salpicando as falésias íngremes que pareciam mais estáveis e seguras graças a esses guriris, que fincavam seus muitos troncos na areia; assim, de forma subterrânea e um tanto quanto anárquica, esses caules preferiam ir em direção contraria a todos os troncos do mundo vegetal, só para viver nas areias brancas, olhando para o azul do mar.
- Sinônimos estrangeiros: seashore palm, beach palm, sand palm, guriri (em inglês).
- Família: Arecacea / Palmae.
- Características: palmeira de caule subterrâneo.
- Porte: chega a 1,8 m.
- Fenologia: atemporal.
- Cor da flor: amarelo esverdeado.
- Cor da folhagem: verde médio na face superior e levemente azulado na face inferior.
- Origem: desde o litoral da Bahia ao litoral de São Paulo.
- Clima: tropical /subtropical.
- Luminosidade: sol pleno (não tolera sombreamento).
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.