Ipê-felpudo
Esta ornamental árvore pertence à família Bignoniaceae, espécie Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bur. (“Zeyheria”, vem de uma homenagem ao botânico J. M. Zeyher). Ela é conhecida principalmente como ipê felpudo e ipê tabaco.
Ocorre naturalmente em vários Estados do Brasil, entre as latitudes 3°40’ S, no Ceará, a 25° S, em São Paulo. Quanto à variação altitudinal, encontra-se desde os 30m de altitude, no Norte do Espírito Santo, até 1.400m, na Bahia. A altura, em geral, é variável de 10 a 25m, com 40 a 60cm de DAP.
O ipê felpudo presenta dispersão de sementes anemocórica. É empregado em reflorestamentos com essências nativas, sendo descrito, na maior parte da literatura, como espécie pioneira, porém, também citada como não pioneira. A árvore é muito indicada para a recuperação de áreas degradadas como espécie recuperadora de solos. Também é usada em sistemas silviagrícola e silvipastoril. Ocorre nos Biomas Mata Atlântica e Cerrado, em várias formações florestais. Além disso, está presente em regiões com precipitação pluvial média anual de 850 a 1.700mm.
Quanto à temperatura, o ipê felpudo ocorre em locais que possuem uma média anual mínima de 13,7 °C e média máxima de 26,9 °C, não tolerante a climas frios. Ele é praticamente indiferente ao tipo de solo. A muda pode ser plantada a pleno sol ou meia sombra. O seu desenvolvimento é relativamente rápido. A madeira é usada na construção civil, atividades agropecuárias, lenha e carvão.
Suas flores são melíferas e o fruto usado em artesanato. A planta é extremamente ornamental, principalmente pela forma de sua copa e elegância do conjunto, o que a emprega na arborização urbana de praças.
Engenheiro Agrônomo, formado pela ESALQ-USP, e especialista em Gestão Ambiental, pela Unicamp. Atua na área de Licenciamento Ambiental, reflorestamento e paisagismo.