Beija-flores
Os pássaros sempre foram símbolo de liberdade. Mesmo que alguns, como os pinguins, sejam incapazes de voar e tenham suas vidas mais limitadas. Há também alguns que parecem tristes, a patativa, sempre chorona, é um exemplo. Mas, todos são independentes e espontâneos. Periquitos, cegonhas, águias e andorinhas, por sua vez, flutuam entre céus e nuvens com qualquer sol, sem diferenciar domingos de quartas-feiras.
De todos eles, os beija-flores me causam uma sensação diferente: parecem mais descomedidos, impulsivos, sempre vivendo de modo acelerado, como se tivessem pressa de sorver o néctar de todas as flores. Paíram nas helicônias, nos brincos de princesa, nas madressilvas, nas russélias, nos camarões-amarelos, parecendo mini-helicópteros com silenciador.
Com frequência me perguntam sobre a melhor maneira de atraí-los. Eu respondo: cultive plantas cujas flores permitam aos beija-flores enfiar o bico longo. As plantas em forma de trombetinhas são as melhores.
Fique alerta. Os beija-flores carregam felicidade para o ano que está apenas começando!
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.