Dipteryx alata
baruzeiro, baru, barujo, bugueiro, coco-barata, coco-pereba, coco-feijão, cambaru, castanha-de-bugre, castanha-de-burro, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, imburana-brava
Uma árvore de crescimento rápido, encontrada especialmente no Cerrado, onde é uma das espécies características deste bioma. Sua copa é ampla e frondosa, proporcionando sombra agradável. Tem tronco com casca rugosa, cinza claro ou creme, podendo ser liso ou apresentar placas de formato irregular, descamantes, deixando reentrâncias de cor creme. As flores são perfumadas, dispostas em cachos. As sementes com um gosto parecido com o do amendoim, são uma iguaria, além de nutritivas, possuindo proteínas, fibras minerais, lipídios e antioxidantes, a pesar de que os frutos duros dificultem um pouco sua obtenção. A polpa dos frutos é apreciada pelos animais silvestres, beija-flores, abelhas e insetos e também pelas pessoas, que a comem in natura ou como em geleias, saladas, bolos, tortas e pães.
É uma árvore nativa e de crescimento relativamente rápido, o que a torna uma opção ecologicamente correta para o paisagismo, sendo uma ótima opção para arborização urbana, criando corredores verdes e amenizando o clima das cidades. A árvore pode ser utilizada na recuperação de áreas degradadas, ajudando a restaurar a biodiversidade local.
As sementes podem ser coletadas diretamente da árvore, quando estiverem maduras (geralmente entre os meses de dezembro e março). Elas possuem uma dormência natural, que precisa ser quebrada antes da semeadura, fazendo um corte superficial na casca da semente, com cuidado para não danificar o embrião e em seguida deve -se mergulhar as sementes em água quente (cerca de 50°C) por 24 horas. Após estes processos devem ser semeadas em um substrato leve e bem drenado, mantendo-o úmido, mas não encharcado. A germinação das sementes de baru pode levar de 30 a 60 dias.
- Sinônimos estrangeiros: baru nut, (em inglês); almendra de Brasil, nuez de paraíso, (em espanhol); burijiru nattsu, (em japonês); paradiesnuss, (em alemão); noce del Brasile, (em italiano); noix du Brésil, (em francês); jawzat al-bāzīl, (em árabe); bāxī jiān guǒ, (em chinês).
- Família: Fabaceae.
- Características: árvore perene.
- Porte: 15 até 25 metros de altura.
- Fenologia: de outubro a janeiro.
- Cor da flor: branca rosada.
- Cor do fruto: marrom, no final do verão.
- Cor da folhagem: folhas verde claro quando novas e verde escuro quando mais maduras.
- Origem: Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Bahia, Tocantins e também no Peru, Paraguai e Bolívia.
- Clima: tropical sazonal, com duas estações bem definidas: uma estação seca e uma estação chuvosa.
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.