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Paisagismo e Jardinagem

Handroanthus heptaphyllus

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Foto de João Medeiros, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Seu tronco tem um diâmetro entre 40 a 60 centímetros e a madeira dura e resistente é muito valorizada na indústria madeireira. As folhas são compostas por 5 a 7 folíolos, o que lhe confere o nome específico “heptaphyllus” (sete folhas) e são de coloração verde escura na parte superior e mais claras no dorso. As flores grandes e  levemente perfumadas, surgem no final do inverno e início da primavera, atraindo diversas espécies de abelhas, borboletas e beija-flores, transformando a árvore em um espetáculo da natureza. É tolerante a estiagem, mas pode sofrer em solos muito encharcados. Suas raízes ajudam a proteger o solo contra a erosão e a compactação.

Foto de Krzysztof Ziarnek, Kenraiz, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Devido ao seu porte imponente e à beleza de suas flores, o Ipê-rosa é amplamente utilizado em projetos de arborização urbana, seja em jardins residenciais, parques, praças ou avenidas, ele proporciona sombra, embelezando o ambiente e melhorando a qualidade de vida da população.

Foto de mauroguanandi, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Uma lenda conta a história de um guerreiro indígena que, amava uma jovem moça de sua tribo. Antes de partir para a guerra, ele prometeu a ela que, se algo acontecesse, ele retornaria na forma de uma árvore que floresceria em cor vibrante. Após a morte do guerreiro, um ipê-roxo floresceu exatamente onde ele havia sido enterrado, e a moça, ao ver as flores, soube que ele havia cumprido sua promessa, simbolizando amor eterno e lealdade.

A propagação é feita por sementes, que têm alta capacidade de germinação.

  • Sinônimos estrangeiros: purple trumpet tree, pink lapacho, (em inglês); lapacho negro, (em espanhol); tajý, (em guarani);
  • Família: Bignoniaceae;
  • Características: árvore caducifólia e pioneira;
  • Porte: 10 a 25 metros de altura;
  • Fenologia: agosto até setembro;
  • Cor da flor: rosa intenso;
  • Cor da folhagem: verde escura na parte superior e mais claras na parte inferior;
  • Origem: México até o norte da Argentina, incluindo Bolívia, Paraguai e o Brasil, principalmente no Cerrado e Mata Atlântica;
  • Clima: tropical/subtropical;
  • Luminosidade: sol pleno.

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2 Comments

  1. Boa noite Raul!
    Vi hoje um projeto em que estão propondo um ipê na face sul de uma edificação, tendo o prédio na frente e assim pegando pouquíssimo sol.
    Sem contar que ele não será plantado no solo, mas em floreira.
    Achas que esra planta tem alguma chance de adaptação?

    • Bom dia Patrícia,

      Ipês (Tabebuia/Handroanthus spp.) são árvores de sol pleno e precisam de bastante luz direta para se desenvolverem bem e florescerem. Na face sul de uma edificação, especialmente se houver sombra contínua do prédio, o crescimento será fraco, e a planta poderá sofrer estiolamento. São árvores de médio a grande porte e desenvolvem um sistema radicular profundo. Em uma floreira, as raízes ficarão extremamente restritas, o que pode causar estresse hídrico, deficiência nutricional e até instabilidade da planta conforme cresce.

      Se a intenção for ter uma planta arbórea em floreira na face sul, seria mais viável escolher espécies menores e mais adaptáveis a essas condições, como manacá-de-cheiro (Brunfelsia uniflora) ou jasmim-manga-anão (Plumeria pudica).

      Abraços