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Paisagismo e Jardinagem

Strychnos brasiliensis

​​​​​​​anzol-de-lontra, esporão-de-galo, salta-martinho

Foto de Alex Popovkin, Bahia, Brazil from Brazil, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Uma árvore de porte médio que pode atingir até 15 metros de altura. Suas folhas são simples, opostas, coriáceas e brilhantes, geralmente ovais ou oblongas e discolores, sendo verde vivo na face superior e verde amarelado na inferior. As flores são pequenas, brancas ou esverdeadas, com aroma agradável e produzem frutos globosos, que amadurecem para amarelo, laranja ou preto. É encontrada em várias regiões do Brasil, principalmente nas áreas de Mata Atlântica.

A árvore contém diversos compostos químicos, incluindo alcaloides, flavonoides e taninos. Alguns dos principais alcaloides presentes são a brasiliensina e a brasilamina, que possuem propriedades farmacológicas importantes. Apesar de suas propriedades medicinais, é importante ressaltar que o Strychnos brasiliensis também pode ser tóxico. É importante destacar que todas as partes da planta, exceto a polpa do fruto maduro, contêm estricnina, um poderoso veneno que ataca o sistema nervoso central, podendo causar espasmos musculares, convulsões e insuficiência respiratória. Evitar o contato com qualquer parte da planta, especialmente as sementes é aconselhável. Portanto, o uso dessa planta para fins medicinais deve ser feito com cautela e sob orientação adequada. Devido à exploração para uso medicinal e ao desmatamento de suas áreas naturais, pode estar sujeito a pressões de conservação em algumas regiões.

Foto de Alex Popovkin, Bahia, Brazil from Brazil, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

No paisagismo suas folhas discolores e os frutos chamativos a tornam uma planta ornamental interessante.

A multiplicação pode ser feita por sementes. Elas estão dentro de seus frutos, que amadurecem entre os meses de maio e julho. Para coleta-las, se deve esperar que frutos fiquem completamente amarelos e macios. Em seguida, devem ser abertos com cuidado, retirando as sementes e lavando-as em água corrente para remover a polpa. Precisam serem enroladas  em um papel toalha úmido mantendo-as em um local quente e escuro por cerca de 24 horas. A seguir são semeadas a uma profundidade de cerca de 2 cm, mantendo o solo úmido, mas não encharcado. As primeiras mudas devem surgir em algumas semanas.

  • Sinônimos estrangeiros: strychnine tree, woody curare, (em inglês); curare brasileño, maté cimarrón, (em espanhol); curare brésilien, maté sauvage, (em francês); wilder mate, brasilisches curare, (em alemão); curare brasiliano, matè selvatico, (em italiano); kuaraypó, yvyra pó, kurupi’y, (em guarani).
  • Família: Loganiaceae.
  • Características: árvore perene.
  • Porte: até 15 metros de altura.
  • Fenologia: setembro a fevereiro. Os frutos em março, abril e outubro e novembro.
  • Cor da flor: branca ou esverdeada.
  • Cor do fruto: amarelo, laranja ou preto.
  • Cor da folhagem: verde vivo na face superior e verde amarelado na inferior.
  • Origem: Paraguai, Argentina, Bolívia e Brasil em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
  • Clima: subtropical úmido, não se adapta bem a climas secos ou frios.
  • Luminosidade: sol pleno.

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