Strychnos brasiliensis
anzol-de-lontra, esporão-de-galo, salta-martinho
Uma árvore de porte médio que pode atingir até 15 metros de altura. Suas folhas são simples, opostas, coriáceas e brilhantes, geralmente ovais ou oblongas e discolores, sendo verde vivo na face superior e verde amarelado na inferior. As flores são pequenas, brancas ou esverdeadas, com aroma agradável e produzem frutos globosos, que amadurecem para amarelo, laranja ou preto. É encontrada em várias regiões do Brasil, principalmente nas áreas de Mata Atlântica.
A árvore contém diversos compostos químicos, incluindo alcaloides, flavonoides e taninos. Alguns dos principais alcaloides presentes são a brasiliensina e a brasilamina, que possuem propriedades farmacológicas importantes. Apesar de suas propriedades medicinais, é importante ressaltar que o Strychnos brasiliensis também pode ser tóxico. É importante destacar que todas as partes da planta, exceto a polpa do fruto maduro, contêm estricnina, um poderoso veneno que ataca o sistema nervoso central, podendo causar espasmos musculares, convulsões e insuficiência respiratória. Evitar o contato com qualquer parte da planta, especialmente as sementes é aconselhável. Portanto, o uso dessa planta para fins medicinais deve ser feito com cautela e sob orientação adequada. Devido à exploração para uso medicinal e ao desmatamento de suas áreas naturais, pode estar sujeito a pressões de conservação em algumas regiões.
No paisagismo suas folhas discolores e os frutos chamativos a tornam uma planta ornamental interessante.
A multiplicação pode ser feita por sementes. Elas estão dentro de seus frutos, que amadurecem entre os meses de maio e julho. Para coleta-las, se deve esperar que frutos fiquem completamente amarelos e macios. Em seguida, devem ser abertos com cuidado, retirando as sementes e lavando-as em água corrente para remover a polpa. Precisam serem enroladas em um papel toalha úmido mantendo-as em um local quente e escuro por cerca de 24 horas. A seguir são semeadas a uma profundidade de cerca de 2 cm, mantendo o solo úmido, mas não encharcado. As primeiras mudas devem surgir em algumas semanas.
- Sinônimos estrangeiros: strychnine tree, woody curare, (em inglês); curare brasileño, maté cimarrón, (em espanhol); curare brésilien, maté sauvage, (em francês); wilder mate, brasilisches curare, (em alemão); curare brasiliano, matè selvatico, (em italiano); kuaraypó, yvyra pó, kurupi’y, (em guarani).
- Família: Loganiaceae.
- Características: árvore perene.
- Porte: até 15 metros de altura.
- Fenologia: setembro a fevereiro. Os frutos em março, abril e outubro e novembro.
- Cor da flor: branca ou esverdeada.
- Cor do fruto: amarelo, laranja ou preto.
- Cor da folhagem: verde vivo na face superior e verde amarelado na inferior.
- Origem: Paraguai, Argentina, Bolívia e Brasil em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
- Clima: subtropical úmido, não se adapta bem a climas secos ou frios.
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.