Coccoloba pubescens
grão-de-couve, cocoloba, uva-do-mar-grande
Muito parecida com a Coccoloba uvifera, porém bem maior e com folhas enormes e pubescentes, sendo menos tolerante à maresia. Seu habitat natural é nas encostas, florestas costeiras interiores e margens de rios, locais úmidos, protegidos do sal e do vento marítimo. O tronco é grosso, com casca cinza-clara acastanhada, levemente fissurada e a copa é ampla e arredondada, muito ornamental. As folhas são imensas, podendo chegar a 60 e 90 centímetros de diâmetro (são algumas das maiores folhas de árvores nativas das Américas). As flores são discretas, perfumadas e melíferas, atraindo abelhas, borboletas e pequenos besouros. Os frutos esverdeados a roxos quando maduros, são semelhantes às da Coccoloba uvifera, mas menos numerosos e menores, servindo de alimento para pássaros e pequenos mamíferos.
Em algumas ilhas, especialmente São Cristóvão e Nevis, acreditava-se que as grandes árvores de Coccoloba pubescens abrigavam espíritos guardiões da terra. Os anciãos diziam que, ao se deitar sob sua copa, podia-se “ouvir os antepassados conversando com o vento”. Derrubar uma dessas árvores sem permissão ritual era considerado um ato de desrespeito à natureza e traria azar nas colheitas ou tempestades repentinas.
Conta-se que uma jovem chamada Marivonne chorava todas as tardes pela morte do amado afogado no mar. Onde suas lágrimas caíram, nasceu a Coccoloba pubescens, e seus frutos redondos seriam as “lágrimas doces do oceano”. Por isso, os frutos eram usados em oferendas amorosas e como símbolo de lealdade eterna.
A reprodução por sementes é a forma natural e mais usada, os frutos amadurecem em cachos e passam de verde a roxo-avermelhado. Quando estão bem maduros, podem ser colhidos diretamente da árvore ou do chão. Em seguida deve-se retirar a polpa e lavar a semente. Ela é relativamente grande e contém um caroço único. Logo pode ser plantada em substrato leve, com boa drenagem, composto por areia grossa e terra vegetal, mantendo o solo úmido, mas nunca encharcado. A germinação ocorre entre 20 e 40 dias, dependendo da temperatura.

Krzysztof Ziarnek, Kenraiz, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
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- Sinônimos estrangeiros: grote zeedruif, (em Curaçao, Aruba e Bonaire); rezen-lanmè gwo fèy, (em Haiti); uvero de playa de hojas grandes, uva de monte, uva cimarrona, uva de playa grande, (em espanhol); wild grape tree, grandleaf seagrape, big-leaf seagrape, large-leaved seagrape, (em inglês); raisin bord de mer à grandes feuilles, grand raisinier bord de mer, raisinier géant, (em francês);
- Família: Polygonaceae;
- Características: árvore perene com copa larga;
- Porte: 15 a 20 metros de altura;
- Fenologia: entre setembro e novembro, coincidindo com o final do período seco;
- Cor da flor: branca ou esverdeada;
- Cor da folhagem: verde-clara a verde-intensa, com nervuras evidentes; quando jovem, as folhas podem ter tons avermelhados;
- Origem: Caribe, norte da América do Sul (inclusive Venezuela e Colômbia), e algumas áreas da América Central;
- Clima: tropical e subtropical úmido; não tolera geadas nem ventos secos e frios;
- Luminosidade: meia-sombra ou sol pleno indireto; tolera sol direto quando adulta, desde que o solo seja úmido.







