Hortia brasiliana
paratudo, casca d’anta, pratudo, coronel, laranjinha, lima d’anta, quina-do-campo
Cresce em diversos habitats, incluindo a Mata Atlântica, restingas e florestas mesófilas do Planalto e da cadeia do Espinhaço, em altitudes que variam de 50 a 1.200 metros. Possui folhas simples, geralmente agrupadas perto dos ápices dos ramos, com textura coriácea e bordas serrilhadas e pequenos dentes ao longo da margem. Suas inflorescências são terminais, em forma de corimbos amplos e vistosos, atraindo beija-flores e outros polinizadores. Os frutos são ácidos e comumente utilizados na preparação de geleias e doces, quando misturados com açúcar. Além disso, a espécie é coletada na natureza para uso local como planta medicinal para tratar problemas respiratórios e inflamações e também como fonte de madeira. Devido à sua aparência ornamental durante a floração, é também empregada em projetos paisagísticos.

João Medeiros, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons
Suas raízes profundas e seu sistema de ramificação extenso também contribuem para sua capacidade de resistir à seca e a outros desafios do cerrado. Além disso, a floração geralmente ocorre na primavera e no verão, quando as chuvas são mais frequentes, o que garante a reprodução da espécie. Apesar de sua importância, a Hortia brasiliana enfrenta desafios como a perda de habitat devido ao desmatamento e à expansão da agropecuária. Por isso, é fundamental que sejam tomadas medidas para garantir a preservação dessa espécie e do cerrado como um todo.

Tarciso Leão from London, United Kingdom, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons
O nome Hortia é uma homenagem ao jesuíta, naturalista e médico alemão Franz von Paula Schrank (1747-1835). Já o epíteto específico brasiliana refere-se ao fato de a planta ser nativa do Brasil. As sementes devem ser coletadas de frutos maduros diretamente da árvore ou após caírem no solo. Após a colheita, devem ser lavadas para remover a polpa. Algumas sementes podem apresentar dormência e podem se beneficiar de escarificação mecânica (lixar levemente a casca) ou embebição em água morna por 24 horas. Devem ser semeadas a aproximadamente 1 centímetro de profundidade, na meia-sombra, até a germinação, que pode levar algumas semanas.

Tarciso Leão from London, United Kingdom, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons
- Sinônimos estrangeiros: brazilian hortia, (em inglês); hortia brasileña, (em espanhol); hortia du Brésil, (em francês); brasilianische hortia, (em alemão); hortia brasiliana, (em italiano);
- Família: Rutaceae;
- Características: árvore perene;
- Porte: 15 a 20 metros de altura;
- Fenologia: de janeiro a abril. Frutos maduros de julho a outubro;
- Cor da flor: rosada;
- Cor da folhagem: verde-escura na face superior e mais clara na face inferior;
- Origem: encontrada na Mata Atlântica e no Cerrado, de Pernambuco e Bahia até o Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo;
- Clima: tropical/subtropical;
- Luminosidade: sol pleno.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.