Mansoa alliacea
cipó-alho, cipó-d’alho, alho-da-mata, alho-bravo
Uma planta fascinante tanto do ponto de vista botânico quanto ornamental. Suas folhas são compostas, opostas e exalam um forte odor de alho quando amassadas, devido à presença de compostos sulfurados semelhantes aos da cebola e do alho. As inflorescências surgem nas pontas dos ramos, em cachos vistosos atraindo abelhas e beija-flores, mas curiosamente não é comestível e nem usada como tempero, apesar do aroma de alho.
É ideal para pergolados, caramanchões, muros e cercas, pois cobre rapidamente as estruturas com uma folhagem densa e flores coloridas, seu contraste entre as flores roxas e o verde intenso cria um efeito tropical exuberante, muito valorizado em jardins residenciais e públicos. Pode ser plantada, também, em vasos de 60 litros, com tutor ou treliça, sendo uma ótima opção por causa do perfume de alho natural que age como repelente de insetos e lagartas.
Segundo a tradição amazônica, o ajo sacha é usado para limpar a aura e afastar energias negativas e é queimada ou usada em banhos antes de cerimônias xamânicas, especialmente aquelas com ayahuasca. Os curandeiros acreditam que o cheiro forte “expulsa” maus espíritos, inveja e doenças espirituais.
A reprodução é feita por estaquia, sendo a forma mais comum e eficiente, porque tem altíssima taxa de pegamento e conserva as características da planta-mãe. Devem ser cortados ramos semi-lenhosos, nem muito verdes nem muito duros, com cerca de 15 a 20 centímetros de comprimento e retiradas as folhas da base, deixando apenas 2 folhas no topo, em seguida mergulhar a base em canela em pó e plantar-los em substrato leve e úmido em local sombreado e úmido por 2 a 3 semanas. O tempo médio de enraizamento: 15 a 25 dias.
Rejurs, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
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- Sinônimos estrangeiros: garlic vine, (em inglês); ajo sacha, liana de ajo, bejuco de ajo, flor de ajo, (em espanhol); liane ailée, vigne à ail sauvage, (em francês); vite d’aglio selvatico, (em italiano); knoblauchrebe, falscher knoblauchwein, (em alemão);
- Família: Bignoniaceae;
- Características: trepadeira semi-lenhosa, com gavinhas e perene;
- Porte: ramos com 2 a 5 metros de comprimento;
- Fenologia: várias vezes ao ano, com pico na primavera e no verão;
- Cor da flor: roxa e lilás, com centro branco-amarelado, que muda de cor conforme envelhece, passando ao lavanda pálido e depois quase branco;
- Cor da folhagem: verde brilhante;
- Origem: região amazônica de Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador e Brasil;
- Clima: tropical/subtropical quente. Não suporta o frio;
- Luminosidade: sol pleno.
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