Abelhas

Não gosto de chamar as abelhas de insetos, embora os biólogos assim as denominem. Sempre entendi que os insetos perturbam nossa existência. Já as abelhas produzem o mel, que é usado como alimento pelo homem desde a pré-história. Prova disto é que os arqueólogos encontraram vasilhas com esse doce néctar no túmulo do faraó Tutankamón – morto há 3.300 anos – em templos da Grécia Antiga que datam do século 6 a.C. e em outros sítios do passado, preservados ao longo dos séculos. Isto evidencia que o mel fazia parte da dieta de chineses, árabes, indianos e celtas.

Neste espaço, costumo falar dos “bichos” amigos do jardim. As abelhas são tão ligadas às plantas que, desde o início dos tempos, negociam entre si acordos para garantir a polinização das flores e o alimento das colmeias.

Ouvi dizer que, nos primórdios, as abelhas não tinham pelos na barriga. Eles se formaram por exigência das flores, que reivindicavam que, ao pousar sobre as pétalas para degustar o néctar, as abelhas levassem consigo, aderindo ao corpo, o pólen necessário para fecundar outras flores.

Muitas pessoas têm medo de abelhas. Porém, desde que não sejam molestadas, não há por que considerá-las perigosas. Para atraí-las cultive plantas como: astrapeia, alecrim, assa-peixe, trapoeraba, resedá, laranjeira, cosmos, caliandra, madressilva, capixingui e manjericão.

Elas garantem um mel gostoso, rico em carboidratos, vitaminas, substâncias com propriedades antioxidantes e outras essenciais para as funções cerebral e cardiovascular.

E tem mais: esses bichinhos barulhentos ainda produzem o própolis, largamente usado como antibiótico, desinfetante e anti-inflamatório; a cera, aplicada na cosmética e na depilação; a energética geléia real; e o pólen, rico em vitaminas e minerais.

Pessoalmente não me privo, no café da manhã, de uma torrada de pão integral com uma camadinha de mel. Hummm!