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Paisagismo e Jardinagem

Economia de água no jardim

O consumo de água potável nas áreas ajardinadas alcança 7% do gasto total de uma residência.

Às vezes, em dias mais quentes durante a estiagem, a porcentagem se eleva até 50%. Para usufruir de um jardim gostoso não é necessário esbanjar o precioso líquido, que nos centros urbanos recebe um tratamento complexo para ser consumida sem riscos à saúde de pessoas e animais, eliminando substancias tóxicas que a contaminam. Para reduzir a concentração desses poluentes, a engenharia sanitária se utiliza de etapas como: coagulação da água bruta com sulfato de alumínio, floculação das partículas em enormes tanques de concreto, decantação separando partículas e lodo, filtração através de camadas de seixos, areia e carvão mineral, desinfecção com cloro, fluoretação para prevenir cáries dentárias e por último a correção do pH adicionando carbonato de sódio.

Como você pode ver, é um processo complicado, de custos elevados e com perdas que alcançam 41% de toda a água tratada no Brasil. Isto significa que de cada 100 litros limpos e purificados, apenas 59 chegam a sua casa. Um número assustador se for levado em conta que nos Estados Unidos a porcentagem é de 12% e na França, de apenas 9%.

O uso prudente, colhendo água das chuvas capturadas em telhados e aproveitando-a na irrigação de áreas verdes e hortas, lavagens de pisos e de carros e para servir como descarga do vaso sanitário, permite uma economia expressiva, mesmo apresentando alguma turbidez, o que não chega a comprometer o seu uso. É bom lembrar que de toda a água do planeta, somente 3% é água doce e, destes, somente 0,03% estão disponível para nós, pois o restante está estocado nas calotas polares, nas nuvens, etc. Mas, um dos fatores mais importantes é o cultivo inteligente das plantas ornamentais nessa paisagem construída que chamamos de jardim. Por exemplo, arbustos de ramos lenhosos suportam melhor a baixa umidade atmosférica, sendo que plantas de algumas famílias vegetais preferem, nitidamente, climas secos e solos arenosos, bem drenados. Alamandas, angicos, espirradeiras, bracatingas, jasmins-manga, ipês-brancos, crótons, neves-da-montanha, caliandras, nolinas e ripsális são, entre muitas, plantas que não precisam de regas, suprindo suas necessidades hídricas através da umidade ambiente e do que as nuvens enviam de vez em quando.

Um bom truque para suas plantas reterem umidade é colocar em volta delas folhas secas, composto orgânico, cascas de árvores ou fibra de coco. Uma dica: regue antes de colocar esses materiais, se possível com regador, já que a mangueira consome muito mais. E faça isto sempre molhando a base das plantas. Tratando-se de arbustos frondosos e árvores, procure umedecer o solo onde estão os extremos das raízes, ao invés de perto do tronco.

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3 Comments

  1. Bom dia, prof Raul. Fui (e sou) seu aluno no Fábrica Verde na UNASP e ao ter ido trabalhar por sua indicação na UniÍtalo, onde ganhei Bolsa e fiz um Curso de Tecnólogo Universitário de Marketing. Sou grato ao senhor.

    Professor, tenho uma possibilidade de trabalhar (temporário) em local de concentração de uma das Seleções da Copa 2014.
    Estou indo, “de olho” numa possível oportunidade de criar um pequeno jardim temático com mensagem/homenagem às crianças do tal país e claro, por ser linguagem universal, a todas crianças mundo afora. A mensagem visual, gira em torno de incentivo à pratica de Esportes mas, priorizando Educação.
    Eu imagino que ainda dá tempo de fazer tal jardim, com plantas de flores em pequenos vasos, estou correto?
    Outra pergunta: o senhor indicaria algumas flores pequenas que exijam menos manutenção?

    Espero em Deus concretizar este projeto, embora seja um pouco tarde mas, só agora surgiu a tão procurada oportunidade, em relação à Copa 2014. Em breve lhe enviarei mais detalhes.
    Obrigado atenciosamente,
    Sérgio de Brito

    • Boa noite,Sérgio,

      Se sua intenção é a de usar plantas floríferas para vasos que suportem melhor a seca e o sol dos meses de junho e julho, recomendo:

      Catharanthus roseus – vinca-de-madagáscar,
      Zinnia elegans – zínia,
      Impatiens Nova Guinê – SunPatiens (FOTO),
      Petunia integrifolia – petúnia-comúm,
      Pentas lanceolata – estrela-do-egito,
      Tropaeolum majus – capuchinha,
      Justicia brandegeana – camarão-vermelho.

      Lhe desejo muita sorte!

      Abraços

  2. Ensinos corretos meu estimado Amigo.Particularmente nestes tempos de escassez de chuvas,necessitamos identificar as espécies mais adaptadas ao clima e deixar de lado teimosas preferências que tornam difícil a manutenção dos nossos jardins.Com a escolha de espécies como as que você citou,aliadas a muitas outras poderemos cultivar belos jardins.A isso devemos também estar atentos a coberturas das coroas em torno das plantas com restos de poda,bem como reduzir a impermeabilização,tornando os caminhos dos jardins mais porosos e propícios para a absorção da água das chuvas.Curvas suaves para condução das águas por todo o jardim e materiais como seixos aplicados ao piso podem contribuir bastante para isso.Outra boa prática é regar os jardins do meio da tarde para o anoitecer,aproveitando ao máximo o período sem luz solar,com um aproveitamento máximo da umidade.Abraços e obrigado pelas dicas.

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